terça-feira, 30 de abril de 2013

Nedjma é o espinho


“[...]o naufrágio aproximava-me da amante tanto quando dela me afastava; é uma mulher perpetuamente em fuga, para lá das paralisias de Nedjma já perversa, já embebida das minhas forças, turva como uma fonte onde tenho de vomitar depois de ter bebido; da amante que me espera, Nedjma é a forma sensível, o espinho, a carne, o caroço, mas não a alma, não a unidade viva onde poderia confundir-me sem receio de dissolução...”
Kateb Yacine
Nedjma Tricontinental Editora (1987) p.214