sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

De encontro à gueule du loup

Passar de uma língua à outra é possível, desde que não se perca o contato com o povo argelino e sua língua, o árabe falado. Não é o caso dos escritores que, por praticarem o francês, acabaram se distanciando da língua do povo. O árabe literário, que muitos não sabem, não traz o sal da vida encontrado na língua popular. Muitos escritores são desconectados dessa língua, dessa primeira fonte. É difícil retornarem. Eu mesmo só pude retornar no teatro.  

Entrevista com Jacques Alessandra para o jornal Travail théâtral 
(Paris, 1978)
publicada em Le poète comme un boxeur, 
entretiens 1958-1989 (tradução livre).