"Banha-te, Nedjma, prometo-te não ceder à tristeza quando o teu encanto se dissolver pois não há nenhum atributo da tua beleza que não me tenha tornado a água cem vezes mais cara; não é a fantasia que me faz sentir este imenso afecto por um caldeirão. Amo cegamente o objecto sem memória em que se disputam os últimos manes dos meus amores."
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Le poète comme boxeur, de Kateb Yacine, por Kheireddine Lardjam
Rosário de bombas
“Da sua infância nunca pudera captar mais do que fragmentos cada vez mais pequenos, incoerentes, intensos: raios do paraíso devastado pela deflagração das horas, rosário de bombas retardatárias que o céu mantinha suspensas sobre a alegria sempre clandestina, condenada a refugiar-se nos escaninhos do ser mais frágil, a criança sempre empoleirada no seu respiradouro, sempre curiosa do deslumbramento seguido pela dentada da sombra, o medo de ficar prisioneiro do mundo, enquanto outros universos choviam de dia e noite sobre Rachid, adormecido no berço de madeira de choupo, com as janelinhas para respirar, ou ensaiando os primeiros passos sob os aguaceiros (…).”
Kateb Yacine
Nedjma (Tricontinental Editora, 1987)
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Constantina “A Esmagadora”
Kateb Yacine
Nedjma (Tricontinental Editora, 1987)
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Homens cujo sangue
"Homens cujo sangue transborda e ameaça arrastar-nos com a sua existência acabada, tal como batéis desamparados, exactamente capazes de flutuar nos locais do afogamento, sem poderem afundar-se com os seus ocupantes; são almas de antepassados que nos ocupam, substituindo o seu drama eternizado pela nossa juvenil esperança, pela nossa paciência de órfãos amarrados à sua sombra cada vez mais pálida, essa sombra que é impossível beber ou desenraizar (...).”
Kateb Yacine
Nedjma (Tricontinental Editora, 1987)
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Mohamed prends ta valise
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segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Kateb Yacine et le théâtre de la mer à Alger
En 1971 à l’initiative de Ali Zamoum, responsable des centres de formation professionnelle au ministère du travail, le collectif du Théâtre de la mer avait chargé Kaddour Naïmi, Houcine Tanjaouï et Saâdeddine Kouidri à rencontrer Yacine Kateb, qui revenait du Viêt-Nam via le Liban, dans un lycée d’El-Harrach, pour lui confirmer la disponibilité du groupe à un travail commun d’une pièce de théâtre sur l’émigration. Kateb rejoint le groupe, et pour aller vite entame la pièce Mohamed prend ta valise à partir d’un texte tiré de l’homme aux sandales de caoutchouc, par la suite il écrivait le soir ses pages en français et dès le matin dans la salle au premier étage, toute l’équipe se mettaient autour d’une table et participaient à traduire en arabe populaire la scène à interpréter l’après-midi, dans la grande salle du rez-de-chaussée. (...)"
Saâdeddine Kouidri
Mediapart, 5 de Agosto de 2012
sábado, 4 de agosto de 2012
Kateb Yacine por Edgar Davidian
Avec ce printemps arabe, souffle de jasmin et de poudre de canon, les mots de Kateb Yacine, dialogue de l’homme avec lui-même et sentiment du tragique de toute liberté bafouée, arrachés à l’oubli, perdus dans le passé et (heureusement) aujourd’hui retrouvés et tirés de l’ombre, s’insèrent et s’inscrivent parfaitement, et avec éclat, dans le houleux clivage du monde arabe actuel. De toute évidence, il y a des héritages inaliénables qu’on ne doit jamais céder au hasard.
Edgar Davidian
"Kateb Yacine, chantre prémonitoire de la révolution du Jasmin",
L'Orient Littéraire nº. 74, Agosto de 2012
L'Orient Littéraire nº. 74, Agosto de 2012
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