Albert Camus e a guerra de independência
No contexto da Guerra da Argélia (1954-1962), Albert Camus foi um dos escritores mais criticados pelos próprios compatriotas. Filho de pieds-noirs, foi condescendente com uma Argélia francesa pelo fim da guerra de independência. Essa posição contraria a Frente de Libertação Nacional (FLN), que àquela altura reivindicava uma Argélia árabe-muçulmana, assim como faziam muitos escritores magrebinos engajados na luta pela independência. Também foi mal-interpretado ao declarar a seguinte frase : “acredito na justiça, mas prefiro minha mãe à justiça”, protestando contra o radicalismo de grupos guerrilheiros e a onda de terrorismo que assolava as ruas de Argel.
No contexto da Guerra da Argélia (1954-1962), Albert Camus foi um dos escritores mais criticados pelos próprios compatriotas. Filho de pieds-noirs, foi condescendente com uma Argélia francesa pelo fim da guerra de independência. Essa posição contraria a Frente de Libertação Nacional (FLN), que àquela altura reivindicava uma Argélia árabe-muçulmana, assim como faziam muitos escritores magrebinos engajados na luta pela independência. Também foi mal-interpretado ao declarar a seguinte frase : “acredito na justiça, mas prefiro minha mãe à justiça”, protestando contra o radicalismo de grupos guerrilheiros e a onda de terrorismo que assolava as ruas de Argel.
Kateb Yacine criticou a posição atenuada de Camus frente à situação da
nação argelina e as injustiças na colônia. Quando Camus é premiado com o Nobel de Literatura (1957), recebe uma carta de Kateb.